Minha trajetória como estudante de gastronomia

domingo, 11 de julho de 2010

Amo fazer pães!!!

Não é segredo que fiquei encantada com a panificação. No dia do jogo do Brasil contra a Holanda em que ele perdeu a chance do Hexacampeonato, eu estava na minha cozinha , adivinha fazendo o quê?
Isso mesmo, pães.
Vou contar a história, como sempre.
Eu estava fazendo um simples pão integral com Musli, que o Bruno adora apesar de ficar pesadão e preto, e o pré-fermento não queria desenvolver de jeito nenhum. Coloquei em lugar aquecido, abafei, embrulhei em cobertor e até conversei com ele e nada.
Fiz outro pré-fermento com açúcar mascavo, que ficou com cheiro de cerveja mas deu certo. Fiz o pão. Quando acabei de colocá-lo na forma, o outro fermento resolveu crescer como um maluco, quase derramou da vasilha em que "dormia". Saí às presas 15 minutos antes de o jogo começar, comprei trigo, já que o meu havia acabado, para não perder o fermento e amassar o pão que eu ainda não sabia que seria minha primeira receita. É! A receita eu acabei criando!!! E ainda consegui incorporar 70% do peso da farinha de trigo em líquidos e ingredientes molhados (ovos e coalhada). Rendeu pães tão lindos e saborosos, a massa era tão maravilhosamente macia e moldável, e incrivelmente crescia quando eu ainda estava moldando os pães!!! Moldei esfihas, panhocas e até um formato que eu adoro que são seis bolas em uma forma redonda. A panhoca original pede uma massa menos macia e que fique com uma crosta crocante e espessa. Não é o caso da minha massa. Ela ficou macia e a panhoca foi apenas um formato que eu quis utilizar.

Eis minha receita:

1.350 gramas de farinha de trigo
60 gramas de fermento biológico fresco
40 gramas de açúcar
20 gramas de sal
2 ovos
230 gramas de coalhada sem o soro
200 ml de leíte
400 ml de água

Para o pré-fermento: Dissolvi o fermento no açúcar, acrescentei o sal e cerca de 120 ml de água mais 4 colheres de sopa da farinha de trigo. Esperei borbulhar e crescer como eu já disse, abafado, embrulhado e até persuadido, mas acho que foi pelo dia frio que precisei disso tudo. fiz um vulcão com a farinha de trigo e acrescentei os ovos, a coalhada, o leite e o fermento. Acrescentei a água aos poucos. Como os ovos tem tamanhos diferentes, a coalhada pode estar com mais soro e as farinhas de trigo tem umidades diferentes, é bom acrescentar a água aos poucos, ou se você molhar muito a massa, acrescente um pouco de farinha, mas só um pouco, pois queremos uma massa extremamente macia e que apenas não grude nas mãos. Lembre-se de que você vai precisar de trigo para a moldagem dos pães. Amassei por cerca de 15 minutos para que o glutén se desenvolvesse.  Esperei pela primeira fermentação e então retirei todo o ar e moldei os pães para a segunda fermentação. Pincelei com gemas as esfihas e polvilhei com farinha de trigo os outros formatos. Fiz os cortes das panhocas antes de elas crescerem pela segunda vez. No pão que fiz na forma coloquei algumas sementes de alcaravia na massa e por cima. Finalmente assei.

A esfiha

As panhocas



As "seis bolas"

Ah! Êxtase absoluto ao retirá-los do forno e degustá-los. Experimentem a receita e me contem o que acharam. Se vocês são tão apaixonados como eu, vão querer fazer mais pães quando os primeiros ainda não tiverem acabado!

Pão com Musli

À propósito, a receita do pão com Musli que fiz também é minha!

Amo fazer pães!!!

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